Quiet quitting vem surgindo dentro das empresas, principalmente como resultado das relações e das condições internas de trabalho. As organizações devem detectar sua ocorrência, identificar as principais causas e trabalhar no sentido de resolvê-las.
A produtividade pode cair e a empresa concluir pela necessidade de ampliação do quadro. Mas, não se trata de demissão voluntária.
Quer saber mais? Continue a leitura e entenda o que é e como funciona o quiet quitting e sua tendência atual.
O que é quiet quitting?
Quiet quitting é um termo em inglês para fazer referência à chamada demissão silenciosa de jovens trabalhadores, que recentemente passou a ganhar espaço nas redes sociais. Esse parece ser um movimento que se direciona sugerindo que a execução dos serviços seja feita dentro do mínimo necessário.
Isso significa para o colaborador que devem ser abandonados os esforços que vão além do inicialmente combinado para cada função. A produção e o desempenho de cada um devem ficar limitados ao normal: sem horário extraordinário, sem trabalho no final de semana e outros.
Do ponto de vista do colaborador, é uma forma menos drástica de redução dos excessos no trabalho do que uma greve. Para o gestor, o movimento tem sido recebido como uma forma de forçar o aprimoramento das relações, em especial com melhores condições de trabalho.
Dessa forma, a ideia da demissão silenciosa não é propriamente uma demissão ou a saída dos quadros da empresa. Na verdade, a intenção é evitar assumir responsabilidades extras, sobretudo, com vistas a impedir que haja interferência da atividade laboral na vida pessoal.
Como se dá a demissão silenciosa?
Embora o nome que identifica o movimento faça parecer, a demissão silenciosa não se trata de uma retirada estratégica da empresa ou um pedido de demissão gradativo e discreto. Na verdade, não existe a intenção de deixar a empresa onde se trabalha.
A iniciativa que o colaborador toma, ao perceber que está sendo utilizado muito mais do que suas atribuições preveem, é a de puxar o freio de mão. Isso significa limitar-se às suas responsabilidades formais, sem extras, de modo que vestir a camisa passa a ser cumprir com o combinado.
De maneira geral, parece ser um processo gradativo de insatisfação que culmina com essa iniciativa, ao invés do abandono ou pedido de demissão. Nesse sentido, uma das características desse processo é que o colaborador harmoniza os próprios limites com suas obrigações e não aprimora mais o que faz.
Quais os principais motivos da demissão silenciosa?
Como você viu, a demissão silenciosa constitui um processo gradativo que tem início em uma situação de insatisfação do colaborador com a utilização de seus serviços pela empresa. Veja a seguir as causas mais comuns que originam sentimentos e iniciativas dessa natureza.
Contratos precários
Consideram-se contratos precários aqueles que se limitam no tempo (contrato temporário) ou que não preveem os direitos trabalhistas pertinentes à atividade ou função contratada. O próprio contrato já inicia uma relação onde o colaborador começa com um sentimento de perda e, invariavelmente, evolui para a insatisfação.
Insegurança financeira
Dependendo da empresa e do tipo de relação construída entre ela e o colaborador, este pode se ver em uma situação de insegurança financeira. Nesse caso, perda de engajamento é um processo normal e, daí para o quiet quitting, falta bem pouco.
Excesso de trabalho
Uma das forças mais intensas na formação do sentimento de demissão silenciosa é o excesso de trabalho. É justamente quanto a esse fator que o movimento parece se rebelar e se posicionar no sentido de eliminar os excessos.
Ausência de plano de carreira
A sensação de pertencimento e o despertar do engajamento são indispensáveis para uma equipe de sucesso. A ausência de um plano de carreira que traga perspectiva para o colaborador mina as possibilidades do surgimento e manutenção daqueles sentimentos, criando as bases para a demissão silenciosa.
Estresse e ansiedade
As condições de trabalho nas quais o colaborador é exigido mais do que acredita ser de sua atribuição com volume maior de trabalho é fonte segura de estresse e ansiedade. Condições assim tendem a evoluir para o absenteísmo ou para o quiet quitting.
Como a empresa pode evitar o quiet quitting?
As empresas devem estar atentas à saúde mental de seus colaboradores, assim como estar mais próximas de entender seus sentimentos. É preciso aprimorar o diálogo e investir no feed back. Acompanhe!
Invista na comunicação
Na relação com os colaboradores, a boa comunicação é sempre essencial e indispensável, sobretudo, quando se trata de ouvir a equipe. Mais que uma rotina de comunicados e decisões operacionais, é preciso conhecer e cuidar da saúde mental dos colaboradores da organização.
O potencial de uma equipe só se manifesta quando ela possui liberdade de expressão e é convidada a fazê-lo. Saber o que pensa e sente o colaborador da empresa, ouvi-lo e trazer respostas às suas considerações é o maior papel da comunicação interna em uma empresa.
Nesse sentido, a boa comunicação é capaz de trazer uma sensação de pertencimento e, desse modo, começar a estimular o engajamento. E isso é exatamente o contrário do processo de desenvolvimento da demissão silenciosa.
Flexibilize o horário
Um grande provocador do desenvolvimento do quiet quitting é a interferência do trabalho na vida pessoal, especialmente em relação ao tempo de dedicação que exige. Adotar horários flexíveis pode minimizar essa influência permitindo maior conciliação com sua vida privada.
Para isso, cada empresa deve avaliar sua realidade, identificar mecanismos de flexibilização e se adaptar a eles. É importante, ainda, considerar que a adoção de jornadas flexíveis não apenas retém melhor os seus talentos, mas possibilita a atração de novos, porque se trata de uma expectativa sempre presente entre os colaboradores.
Ofereça um bom plano de benefícios
Se fosse escrita a arte de reter talentos, com certeza já o primeiro capítulo recomendaria a adoção de um bom plano de benefícios. Uma empresa com uma uma comunicação interna e um bom plano de benefícios para os colaboradores torna-se imbatível na sua capacidade de promover o engajamento.
Para esse fim, considere, entre outras, a disponibilidade de iniciativas como:
- plano de saúde coletivo;
- atividades físicas;
- ginástica laboral;
- quick massage;
- mindfulness;
- yoga;
- vale-cultura.
Contrate um seguro para seus colaboradores
Um forte atrativo e carro-chefe nesse elenco de iniciativas é a contratação de um seguro para os colaboradores. O seguro tem a vantagem de permitir diversos tipos de coberturas, de modo que a empresa pode desenhar uma apólice de alcance médio que satisfaça a todos.
Viabilizar a tranquilidade que um seguro traz para o segurado, sobretudo quando envolve o amparo aos seus entes mais queridos, tem um efeito muito especial na relação do colaborador com a empresa. Considere uma consulta a uma corretora de seguros experiente para auxiliá-lo nessa empreitada mostrando as possibilidades existentes.
Como você pode ver, o quiet quitting não pode ser desconsiderado. Ao contrário, a empresa deve buscar internamente as razões pelas quais começa a perceber o desenvolvimento da demissão silenciosa dentro de sua equipe e trabalhar as variáveis envolvidas. Um bom diagnóstico da situação é de grande ajuda nessa hora. Considere as possibilidades mostradas neste post e reverta o quadro.
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