Com tantos ativos, a empresa precisa se organizar para monitorá-los e garantir que nenhum deles seja usado de maneira incorreta. É nesse momento que o planejamento patrimonial se torna tão importante.
Por meio desse documento, o gestor consegue ter uma visão mais ampla de todos os recursos da organização e, inclusive, pode melhorar a sua tomada de decisão com base em informações precisas.
Para ajudar você a entender mais sobre o assunto, explicamos, neste artigo, o que é e como fazer um planejamento patrimonial eficiente na sua empresa. Acompanhe!
O que é planejamento patrimonial?
O planejamento patrimonial é um processo estratégico que visa gerenciar os ativos, passivos e recursos financeiros de uma empresa de maneira eficiente.
Em suma, podemos dizer que ele envolve a gestão estratégica dos ativos da organização, incluindo imóveis, equipamentos, investimentos financeiros e outros recursos tangíveis e intangíveis.
Como funciona na prática?
Na prática, o planejamento patrimonial precisa de estratégias específicas para alcançar objetivos pré-definidos, como investimentos em novos projetos, desenvolvimento de produtos, expansão geográfica, reestruturação organizacional, otimização de processos, entre outras.
Uma vez que as estratégias tenham sido desenvolvidas, elas são implementadas conforme necessário. Nesse momento, o gestor poderá realizar a alocação de recursos financeiros, contratar novos talentos, adquirir ativos, implementar tecnologias, entre outras ações que visam tornar o planejamento patrimonial eficiente.
Como fazer planejamento patrimonial na empresa?
Após entender o seu conceito, é hora de colocar a “mão na massa” e fazer acontecer. A seguir, apresentamos dicas valiosas para você fazer o planejamento patrimonial da sua empresa.
Avalie a atual situação
Na hora de avaliar a situação atual da empresa é importante que você comece com a análise dos ativos, como propriedades, equipamentos, estoques, contas a receber, propriedade intelectual, entre outros.
Nesse momento, é essencial conhecer a liquidez de cada um deles, ou seja, entender a facilidade com que podem ser convertidos em dinheiro.
Além dos ativos, as dívidas e obrigações financeiras da empresa também precisam ser verificadas, como empréstimos bancários, pagamentos a fornecedores, obrigações trabalhistas e impostos pendentes. Identifique os prazos de vencimento e as condições associadas a essas obrigações.
Defina os objetivos
Nessa etapa, é importante considerar tanto os objetivos financeiros quanto os não financeiros. No que se refere aos objetivos financeiros, leve em consideração:
- metas específicas de crescimento de receita, lucro líquido, margens de lucro, retorno sobre investimento (ROI) ou qualquer outro indicador financeiro relevante para o seu negócio;
- eficiência operacional;
- gestão de ativos;
- gestão de passivos;
- metas para investimentos estratégicos, como lançamento de novos produtos, expansão para novos mercados, desenvolvimento de parcerias estratégicas ou aquisições.
Já os objetivos não financeiros podem estar relacionados à:
- satisfação do cliente;
- investimento em sustentabilidade;
- investimento em inovação;
- melhora no desenvolvimento de talentos.
Os objetivos não financeiros são importantes porque são considerados peças-chave na hora de contribuir para a reputação da marca no mercado — fator indispensável para o sucesso da empresa.
Adote estratégias de proteção de ativos
Em primeiro lugar, garanta que a empresa tenha cobertura de seguro adequada para proteger seus ativos contra riscos como incêndios, roubo, responsabilidade civil, danos à propriedade e interrupção de negócios.
Isso é fundamental para evitar prejuízos futuros, que podem, inclusive, contribuir para que a empresa encerre as suas atividades no mercado.
Além disso, é interessante implementar medidas para minimizar o risco de litígios, como a adoção de práticas comerciais éticas, a implementação de políticas claras de recursos humanos, a obtenção de consentimento por escrito em transações importantes e a revisão regular de contratos legais.
Essas ações oferecem segurança à empresa, ao mesmo tempo que padronizam processos e, consequentemente, facilitam o monitoramento do planejamento patrimonial.
Faça um planejamento tributário
O planejamento tributário ajudará a minimizar a carga fiscal e otimizar a eficiência financeira da empresa.
Diante disso, comece examinando cuidadosamente a situação tributária atual do negócio e revise as declarações fiscais anteriores, identificando áreas de oportunidade e compreendendo os requisitos fiscais específicos do setor e do país.
Dessa forma, é possível encontrar oportunidades legítimas de economia fiscal que se alinhem aos objetivos da empresa. Existem várias formas de fazer isso, como por meio de deduções fiscais, créditos tributários, incentivos fiscais regionais ou setoriais, planejamento de investimentos, entre outros.
Porém, tenha atenção! Se você não domina essa área, procure um especialista em contabilidade da sua confiança para ter orientação personalizada e garantir a conformidade com as leis fiscais aplicáveis.
Realize a gestão de riscos
Com uma boa gestão de riscos, a empresa consegue identificar, avaliar e mitigar as ameaças que podem afetar negativamente os ativos e passivos da organização.
Nesse sentido, o primeiro passo é identificar que riscos são esses que trazem perigo ao negócio. Feito isso, avalie a probabilidade do problema ocorrer e o impacto potencial que ele terá sobre os ativos e passivos.
Para fazer isso, é possível utilizar técnicas como análise qualitativa e quantitativa de riscos para priorizar aqueles com maior relevância para o planejamento patrimonial.
Com base nessa avaliação, desenvolva estratégias específicas para mitigar ou reduzir as ameaças identificadas, implementando controles internos, seguros empresariais, estratégias de hedge, políticas de gestão de riscos, entre outras.
Diversifique os investimentos
Diversificar os investimentos é uma estratégia fundamental para reduzir o risco e otimizar os retornos no planejamento patrimonial da empresa. Portanto, distribua os investimentos em diferentes setores da economia para reduzir a exposição a riscos específicos de um setor.
Feito isso, regularmente reavalie a alocação de ativos e faça ajustes conforme necessário para garantir que a diversificação permaneça alinhada aos objetivos de investimento da empresa e às condições de mercado em constante mudança.
Como fazer o monitoramento dos resultados?
Comece identificando as métricas-chave que serão utilizadas para avaliar o desempenho do planejamento patrimonial da empresa, como retorno sobre o investimento (ROI), lucro líquido, margens de lucro, fluxo de caixa, entre outras.
Ao monitorar o desempenho, analise variações em relação às metas estabelecidas e identifique tendências ao longo do tempo. Dessa forma, fica mais fácil identificar áreas de melhoria e tomar medidas corretivas conforme necessário.
Lembre-se de que, ao analisar variações e tendências, é importante identificar as causas de qualquer desvio em relação às metas estabelecidas, independentemente se os fatores forem internos e externos. Essa ação é fundamental para entender o que está impactando o desempenho da empresa.
Com base na análise do desempenho, tome medidas corretivas para alinhar o planejamento patrimonial da organização aos objetivos financeiros e de longo prazo, ajustando estratégias de investimento, realocando recursos, revisando políticas e procedimentos, entre outras ações.
Agora você já sabe o que considerar na hora de fazer o planejamento patrimonial da sua empresa. Coloque essas dicas em prática e tenha em mãos um documento preciso e claro sobre todos os ativos do negócio.
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