Você já parou para pensar em qual seria o melhor investimento para garantir o futuro dos filhos? Ao pesquisar sobre o assunto, provavelmente se deparou com diversas opções. Mas qual seria o melhor caminho?
Nos tempos de nossos avós, a decisão seria mais fácil. Durante décadas, prevaleceu a crença de que a caderneta de poupança seria o destino melhor e mais seguro para as economias domésticas. Todavia, com o tempo, o cenário mudou. A poupança, embora ainda segura, deixou de ser a alternativa mais rentável e atualmente é pouco recomendada para quem pretende construir uma boa reserva financeira.
Só o fato de você estar pensando, desde cedo, no futuro dos filhos, indica que está no caminho certo. Neste artigo, vamos apresentar algumas dicas importantes. Continue a leitura.
1. Planejamento financeiro e disciplina
Para que você consiga, efetivamente, alcançar os resultados desejados, é preciso mensurar esses resultados. Planejamento e disciplina caminham de mãos dadas quando falamos de investimentos.
Procure definir objetivos claros e os meios para concretizá-los, se esforçando para permanecer fiel aos seus propósitos. Pode ser tentador usar o dinheiro acumulado para finalidades diversas, o que causaria um efeito devastador na rentabilidade de seus investimentos.
É fundamental manter o orçamento em ordem, para que seja possível destinar uma quantia fixa, que não faça falta no final das contas. Se necessário, para assegurar que os aportes mensais serão contínuos, vale a pena adotar uma postura mais conservadora ao traçar as metas de poupança.
Coloque suas receitas e despesas na ponta do lápis e apure quanto seria possível poupar sem comprometer as finanças. Separe esse recurso assim que estiver com o dinheiro em mão.
2. Educação financeira é fundamental
Para conduzir com sucesso um planejamento a longo prazo, você deve zelar pela sua educação financeira. Hoje em dia, é possível encontrar materiais de ótima qualidade na internet. Reserve um tempo em sua agenda para estudar sobre finanças.
Além de conhecer as melhores opções de investimentos, você será capaz de gerir melhor suas próprias economias. Aspectos como a qualidade de vida e a segurança de sua família são muito importantes, e não devem ser deixados de lado.
Uma dica importante é não abandonar os investimentos voltados para a sua própria liberdade financeira. Assim, será menor o risco de ter de mexer nas economias de seus filhos ou, pior ainda, ser socorrido por eles no futuro.
3. Duração dos investimentos deve ser definida
Estimar a duração dos investimentos e, especialmente, começar o quanto antes, é muito importante para escolher as aplicações adequadas e chegar aos resultados esperados.
Se a ideia for, por exemplo, garantir a faculdade dos filhos começando a investir enquanto eles ainda são bebês, será possível apertar menos o orçamento e apostar em aplicações mais arrojadas, com expectativa de alta rentabilidade e também com mais tempo para se recuperar de eventuais perdas.
Por outro lado, quanto maiores forem as crianças, menor o tempo para juntar dinheiro. Assim, será preciso recorrer a investimentos mais conservadores, a fim de preservar o patrimônio, e aumentar os aportes, para conseguir poupar o suficiente.
4. Investimentos para garantir o futuro dos filhos
É grande o leque de opções disponíveis para investir no futuro dos filhos. Além de considerar a duração dos investimentos, é preciso atentar também para o seu perfil de investidor. Basicamente, você deve se enquadrar em um dos três perfis:
- conservador: avesso aos riscos e menos suscetível às perdas, prioriza a preservação do patrimônio, ainda que com uma rentabilidade mais baixa;
- moderado: admite assumir riscos um pouco maiores para alcançar rendimentos acima da média, embora dê ainda uma importância considerável à segurança. Possui um conhecimento maior do mercado, sendo capaz de diversificar os investimentos, mas sempre com uma fatia maior para as opções de baixo risco;
- arrojado: prioriza sempre a maior rentabilidade possível, pensando no longo prazo. Aposta mais em renda variável, assumindo maiores riscos. Em geral, possui um bom conhecimento do mercado e trabalha para multiplicar o patrimônio.
Conhecendo realmente o seu perfil de investidor, você poderá optar pelas aplicações que mais o agradam. Mas não deixe de levar em conta outros fatores já apresentados, como o tempo disponível e o objetivo dos investimentos.
Tesouro direto
Negociar títulos públicos é uma ótima opção para quem não quer assumir maiores riscos. Na prática, o investidor está emprestando dinheiro ao governo. Para negociar, é preciso ter uma conta aberta em uma corretora de valores.
Alguns dos títulos do tesouro são atrelados a indicadores econômicos, como a taxa Selic e o IPCA. Podem ainda ser prefixados, situação em que é possível calcular com precisão o retorno do investimento.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Ao aplicar no CDB, você empresta dinheiro ao banco. Também é uma forma de investimento bastante segura, atrelada à taxa CDI, que é uma média entre as demais taxas utilizadas pelos bancos. A rentabilidade do CDB pode superar, em muito, a caderneta de poupança.
Fundos de investimento
Os fundos, em geral, são interessantes para quem não tem muito domínio sobre o mercado financeiro. Um fundo é composto por um grupo de investidores com perfis em comum. As aplicações são realizadas por um administrador.
Um grande atrativo é a possibilidade de diversificar os investimentos com aportes menores. Por outro lado, é preciso pagar uma taxa de administração nada modesta, que pode comprometer a rentabilidade do investimento.
Previdência privada
É um produto voltado especialmente para quem busca investimentos a longo prazo. Assim, pode ser uma excelente alternativa para quem quer garantir o futuro dos filhos. Para um planejamento mais eficiente, é preciso conhecer as duas modalidades existentes.
No Plano Garantidor de Benefícios Livre (PGBL), os benefícios são maiores para quem utiliza o modelo completo da declaração de Imposto de Renda. O Vida Garantidor de Benefícios Livres (VGBL), por seu turno, cobra o IR apenas dos rendimentos. Para quem planeja deixar os recursos investidos por um longo tempo, os planos com tributação regressiva são os mais recomendados.
Bolsa de valores
Investir em ações é uma opção para os perfis mais arrojados, especialmente quando o período de investimento é mais longo. Ao mesmo tempo que são mais arriscadas, as ações podem trazer uma rentabilidade maior.
Existem dois tipos de ações: as ordinárias, que dão direito a voto como acionista da empresa, e as preferenciais, que não dão direito a voto, mas pagam uma participação maior nos lucros, além de serem mais fáceis de comercializar.
5. Seguro de vida é importante
Se a sua intenção é, realmente, garantir o futuro dos seus filhos, não deixe de reservar uma margem em seu orçamento para a contratação de um bom seguro de vida.
Por mais que você faça um planejamento cuidadoso, a realidade é que imprevistos podem acontecer a qualquer momento e talvez não haja tempo para que seus investimentos tenham um retorno suficiente para proteger os seus filhos.
Uma vantagem do seguro de vida é que ele não entra em inventário, já que os beneficiários são previamente indicados. Tal característica é extremamente importante, pois o seguro dará suporte em uma fase extremamente delicada: logo após o sinistro, enquanto os demais bens e investimentos são inventariados. Outro benefício é a não incidência de Imposto de Renda.
Neste artigo, apresentamos algumas dicas importantes para você se organizar para começar hoje mesmo a garantir o futuro dos filhos, além de algumas opções de investimento.
Não se esqueça de estudar continuamente e permanecer fiel ao seu propósito. Fique sempre atento às melhores opções para garantir a rentabilidade almejada.
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