Fraude nos seguros é um assunto que deve preocupar tanto corretoras e seguradoras quanto clientes. Afinal, os preços sobem em virtude de pedidos de ressarcimento indevidos, bem como os contratantes acabam ficando expostos aos efeitos de atos de terceiros que as envolvem nessas situações.
Assim, é importante que cada parte haja para evitar isso. Se por um lado, os empreendimentos do segmento estão investindo em soluções e práticas inovadoras, os consumidores precisam saber como se proteger para agir de acordo.
Pensando nisso, listamos 6 dicas de prevenção. Confira!
1. Fique atento as fraudes mais comuns
Para começar a se proteger de fraudes nos seguros, é preciso conhecer quais são as principais. Com isso, fica mais fácil identificar potenciais tentativas, ampliando sua capacidade de minimizar danos e, principalmente, evitar que ocorram.
As seguradoras podem sofrer com falsas ocorrências de sinistros, recebimento de informações inverídicas na contratação ou aumento descabido das despesas a serem compensadas. No entanto, nem sempre o segurado participa disso.
Há casos em que eles são vítimas de terceiros que os persuadem a dar acesso aos sistemas de solicitação de reembolsos ou quando seus dados e documentos são roubados para os golpistas falsificarem suas identidades, a fim de desviar indenizações ou receber ressarcimentos indevidos.
A negociação é outro momento delicado para o cliente. Pois, pessoas que não são corretores simulam ser esses profissionais visando comercializar planos inexistentes com o objetivo de ficar com os pagamentos da franquia sem fornecer o serviço.
Ainda existem quadros de má-fé da parte de vendedores ou intermediários. Neles, pacotes que não são o ideal para o perfil do consumidor são indicados sob falsos pretextos ou taxas desnecessárias são cobradas.
2. Busque por corretoras e seguradoras idôneas
Enquanto golpistas que se passam por corretores são situações conhecidas, casos de fraude nos seguros em que o vendedor ou intermediário participa não são tão mencionados, mas ocorrem. Para combater ambos, vale se precaver buscando por corretoras e seguradoras idôneas.
Na prática, deve-se começar pesquisando se o local e o profissional estão credenciados na Superintendência de Seguros Privados (Susep), à medida que essa é uma exigência para operar no Brasil em tal atividade.
Ainda é importante verificar a reputação do empreendimento no mercado. Logo, conversar com clientes atuais e antigos será de grande ajuda para saber de problemas passados ou de falhas. Os sites de avaliações de consumidores também oferecem indícios. Por isso, não deixe de consultá-los.
3. Leia a apólice e analise os detalhes do contrato
Para evitar uma fraude de seguros e ser lesado por assinar um contrato que não atende às suas demandas ou cujos valores cobrados sejam desproporcionais, é preciso ter atenção a apólice.
Ela ainda é preponderante na hora de garantir a veracidade do acordo, principalmente quando ofertas irrecusáveis estão envolvidas, devendo ser solicitada uma via após a assinatura.
Antes disso, uma leitura atenta e a análise dos detalhes permite identificar inconsistências em relação ao que foi tratado nas negociações. Esse é o momento de buscar entender os jargões técnicos. Por isso, pergunte aos vendedores e aproveite o acesso à informação que a internet oportuniza para conferir as explicações recebidas.
A Susep divulga esse tipo de esclarecimento, sendo uma fonte que ajuda a saber quais são as obrigações, responsabilidades e vedações de cada parte envolvida. Dessa forma, serve de base para a avaliação contratual.
4. Verifique as bases legais da área de seguros
Quando o assunto são responsabilidades, obrigações e vedações, o segmento de securitização tem muitas normativas a seguir. Ou seja, é um dos ramos mercadológicos mais padronizados. Como efeito, os clientes podem se valer disso para se proteger de qualquer eventual fraude nos seguros.
O Código Civil, por exemplo, tem uma parte destinada ao tema. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor é outra base útil nesse cenário. A eles se somam:
- a Lei 4.594/1964 que regula a profissão de corretor;
- o Decreto-Lei 73/1966 que trata do Sistema Nacional de Seguros Privados;
- a Lei Complementar 126/2007 que cria as políticas para resseguro, co-seguro etc.
Em complemento, cabe realizar buscas direcionadas, uma vez que cada tipo de operação tem suas próprias legislações. Já entre as normas com impacto jurídico, as Circulares Susep e as Resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) se destacam.
5. Mantenha suas informações protegidas
Quem se preocupa com os riscos associados a fraudes de terceiros também pode tomar uma série de medidas preventivas, especialmente para proteger seus dados contra:
- golpes de engenharia social;
- tentativas de hacking;
- exposição online.
Para tanto, desde o uso de antivírus e firewalls até não clicar em links suspeitos são ações que se destacam. Além disso, é preciso ter em mente que o que é postado nas redes sociais tende a servir de fonte de informação para golpistas. Um exemplo são as comemorações de aniversário que indicam a data de nascimento.
Outro cenário é o controle do acesso a senhas. Pois, há situações fraudulentas envolvendo prestadores de serviço, como clínicas médicas. Eles se disponibilizam a auxiliar com os pedidos de reembolso para obter esses passes e cadastrar valores maiores que o devido nas solicitações do segurado.
6. Use a digitalização das informações a seu favor
As seguradoras contam com diversas soluções de TI para mitigar casos de fraude nos seguros. Biometria, Inteligência Artificial, Machine Learning, bases de dados e softwares de análise preditiva, por exemplo.
Entretanto, os clientes também podem utilizar o meio digital para se proteger. Atualmente, existem muitas opções de plataformas de consulta online que auxiliam a identificar situações fraudulentas, incluindo:
- descobrir se há alguma apólice vigente em seu nome na Susep;
- acompanhar as solicitações e demais informações junto a seguradora;
- saber se algum dado pessoal foi exposto usando sites especializados nessa busca.
Desse modo, a melhor dica é usufruir do acesso que a digitalização oferece para antecipar esses quadros ou reagir. Como efeito, a tecnologia passa a ter um papel de suma importância para os contratantes.
Cada fraude nos seguros gera danos tanto para quem fornece esse serviço quanto para aqueles que contratam, aumentando preços e prejudicando as vítimas. Diante disso, se precaver é uma prática que deve partir de todos os envolvidos, em prol de construir um ambiente mercadológico protegido e competitivo.
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