Seguro não é coisa de velho e também não é só para rico. Seguro é para todo mundo que tem alguma coisa a perder. Por isso, para se proteger da melhor maneira possível, cada vez mais pessoas optam pela assessoria de um corretor de seguros na hora de contratar algum tipo de proteção.
Mas para essa contratação valer a pena, é fundamental contar com a sua consultoria antes, durante e também depois da cotação de seguros.
Isso porque, para ser satisfatória, a apólice (documento emitido pela companhia de seguros que formaliza a aceitação do contrato da cobertura, estabelecendo direitos e deveres entre as partes) precisa reunir soluções personalizadas.
Assim, os riscos inerentes ao dia a dia de cada um deixam de ser uma preocupação constante e pode-se focar no que realmente importa, tanto na vida pessoal quanto profissional.
Qual o papel da seguradora e da corretora?
A importância de avaliar e proteger tudo o que tem valor é, de fato, inquestionável. Mas, para não restar dúvidas, antes de explicar o papel do corretor de seguros nessa empreitada é preciso esclarecer a diferença de papéis entre corretora e seguradora.
A seguradora é a companhia que oferece os produtos de seguro e arca com as respectivas coberturas em caso de necessidade.
Já a corretora é a empresa autorizada, pelos órgãos competentes, a representar legalmente seus clientes, comercializar os produtos de seguro e zelar pelo cumprimento do que foi acordado entre a seguradora e o segurado.
Esse processo também pode ser feito pelo corretor de seguro autônomo, pessoa física, legalmente habilitado.
Sendo assim, se você quer viver plenamente e trabalhar focado no seu desenvolvimento mas tem alguma coisa a perder, existe um tipo de seguro feito exatamente para ela. E quem melhor pode indicá-lo é quem mais entende do assunto.
1. O que faz o corretor de seguros?
O trabalho da empresa corretora de seguros está bem mais para o de uma consultoria do que um vendedor. Portanto, esqueça a ideia que se trata de “qualquer um” que, simplesmente, adotou a profissão por falta de opção.
O corretor de seguros de hoje, muitas vezes, tinha uma profissão estável, como médico, engenheiro, advogado, entre tantas outras, e optou por uma mudança de carreira. Empreendeu e estruturou serviços em uma empresa especializada.
Seu objetivo? Dedicar-se a uma área em que tivesse maior identificação e perspectiva de crescimento. Ou seja, antes de qualquer coisa, o corretor de seguros gosta de lidar com gente e tem valores éticos claros.
Parece óbvio, mas quem já teve experiências ruins no trato com prestadores de serviço despreparados sabe o quanto isso é importante. Entenda por quê:
Age de maneira independente em prol dos clientes
Profissional independente, o corretor de seguros atua como intermediário entre as companhias seguradoras e os segurados, sejam estes pessoas físicas ou jurídicas, representando os interesses dos seus clientes.
De acordo com a circular que dispõe sobre a atividade de corretor de seguros, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), cabe a ele trabalhar com a distribuição e venda de diversos tipos de seguros existentes no mercado.
Entre as variadas opções, o corretor de seguros busca e negocia os melhores contratos de coberturas patrimoniais ou de vida para seus clientes.
Com o passar do tempo, em decorrência das indicações da própria clientela, é natural que acabe atendendo mais a um determinado perfil de segurado — o que o torna um expert em relação aos interesses desse público.
Cultiva os relacionamentos como elementos-chave
Em sua rotina de trabalho, primeiramente, o corretor de seguros conversa com o potencial cliente para entender suas necessidades e desejos e, assim, definir a natureza do seguro e o valor correspondente.
Depois, seleciona algumas opções de produtos de diversas seguradoras, com condições de proteção, atendimento e custo variadas, mas que se encaixem no perfil traçado.
Em seguida, auxilia seu cliente na escolha da seguradora. O que é importante ficar claro é que a vinculação do corretor de seguros é para com o segurado, sendo seu representante legal constituído.
É uma abordagem diferente do agente de seguros, que trabalha para uma companhia de seguros específica e deve vender os produtos dela, sem oferecer os benefícios da comparação.
Só o corretor de seguros reúne, ao mesmo tempo, variedade de opções e expertise, pois se dedicou a conhecer profundamente todos os produtos e condições oferecidas pelas principais seguradoras.
Assim, atuando com um consultor, esse profissional consegue fornecer informações privilegiadas para que seus clientes fechem acordos mais vantajosos. Mais do que atender, ele ajuda a superar expectativas.
Atua com responsabilidade ética
O corretor de seguros faz a intermediação entre o cliente e a seguradora. Mas, mesmo com obrigações para com a companhia, ele garante o sigilo absoluto das informações dos clientes, pois segue um código de ética.
Para precificar os seguros, a seguradora parte de uma análise de risco. Por meio de um questionário e de modelos estatísticos, traça um perfil que mostra o quanto o cliente se expõe a riscos e até quanto ele consegue pagar por uma apólice.
Por isso, identificar qual seguradora atende melhor que tipo de riscos também é uma atribuição do consultor de seguros.
Vale lembrar que as indenizações do seguro contratado não são de responsabilidade dele, mas toda a assessoria necessária na avaliação desses riscos, sim.
Possui carteira de habilitação profissional
Para o exercício da profissão, o corretor precisa da habilitação concedida pela Susep, uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda (MF). A Susep é órgão responsável pela regulamentação e fiscalização dos mercados de seguros no Brasil.
Com a habilitação, o profissional certifica sua capacidade técnica para compreender todos os produtos de seguros, os quais são extensos e cheios de termos específicos. Assim, está preparado para orientar, tirar dúvidas e dar suporte de excelência aos seus clientes.
O exame de habilitação é aplicado pela Escola Nacional de Seguros (Funenseg). Se aprovado, o profissional recebe o certificado e faz seu registro no Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor) do seu respectivo estado.
O Sincor, por sua vez, solicita uma série de documentos e os envia à Federação Nacional dos Corretores (Fenacor). Após uma análise primária, a federação os encaminha para a aprovação da Susep.
Se não houver nenhuma pendência, a Susep, enfim, emite a Carteira de Habilitação do Corretor. Com ela, pode atuar na oferta de seguros de quaisquer tipos, nos ramos de Vida, Previdência e Capitalização.
O registro garante que, em caso de má prestação de serviço, o corretor de seguros responda tanto perante o segurado quanto a seguradora na justiça civil.
Presta consultoria personalizada
Para pessoas físicas, existem seguros patrimoniais, como de carro, casa, bicicleta, objetos portáteis, bem com seguros de vida, saúde, viagens, entre outros.
Para pessoas jurídicas, há seguros empresariais, seguro de saúde para os funcionários, de responsabilidade civil profissional, de equipamentos, de frota e até para food trucks.
Com tantas variáveis, o corretor de seguros tem o papel de definir qual é o melhor produto para cada cliente. Por meio de análises, ele reconhece as necessidades e indica a solução com melhor serviço e economia.
Dessa forma, mais do que simplesmente sugerir produtos prontos, o corretor de seguro cuida para que o cliente receba a melhor cobertura ou tenha a maior redução de prêmio, solicitando melhoras nas condições oferecidas pela seguradora.
Nesse processo, os segurados se beneficiam com os maiores descontos, reduções e tarifações possíveis.
Garante a assessoria após a contratação
Cabe ao corretor de seguros acompanhar as modificações que impactam nas apólices e manter os clientes e as respectivas seguradoras informados e atualizados.
Seguindo seu compromisso com a satisfação do cliente, nessa etapa continua a orientá-lo sobre como proceder em função das modificações, para que obtenha sempre as melhores vantagens.
A responsabilidade do segurado é informá-lo sobre mudanças na estrutura familiar, como casamento, divórcio, nascimento e/ou adoção, mudanças de trabalho, de endereço, entre outras novidades que modificam os seguros contratados, mantendo-os válidos e sempre atualizados.
O corretor deve estar sempre atento e disponível para esses “detalhes” que passam batidos em meio à correria diária.
2. Quais são as vantagens de contratar seguro com um corretor?
A principal vantagem de contratar seguro com um corretor é a independência com a qual esse profissional trabalha, pois não tem vínculos com nenhuma companhia de seguros específica.
Assim, ele pode selecionar produtos de diversas seguradoras que se encaixem ao perfil do cliente. Após analisá-los, comparativamente, sugere o plano mais vantajoso e que melhor se ajusta às necessidades do cliente.
É bem diferente da metodologia de trabalho exercida por um agente de seguros, por exemplo. Nesse caso, existe vínculo direto com a seguradora.
Por isso, o agente só oferece os produtos que tem à disposição — independentemente de existirem outros com melhor custo-benefício no mercado. Seu comprometimento não é com o cliente em primeiro lugar.
Permite escolher com mais sabedoria
Para quem duvida se vale mesmo a pena contar com a consultoria de um corretor de seguros, basta saber que sequer a opção pelo seguro mais caro assegura que, de fato, o cliente faça a melhor escolha.
Isso porque nem sempre o produto mais oneroso é, necessariamente, o melhor. Ainda que as vantagens variem bastante de acordo com o valor, a eficácia do produto de seguro depende do contexto e do que está incluído na apólice. Por isso não dá para abrir mão da consultoria profissional.
Veja um exemplo: muitos consumidores optam por adquirir um seguro para o smartphone na loja, diretamente com o vendedor. Porém, na maioria das vezes, o valor da apólice é desproporcional ao custo do aparelho, o que torna o negócio pouco interessante.
Isso acontece porque os vendedores estão comprometidos com outros interesses. Diferentemente dos corretores de seguros, eles não constroem relacionamentos com a clientela.
E tem mais. Quando se contrata um seguro sem o acompanhamento permanente de um corretor, normalmente se esquece de renová-lo. É quando acontecem os imprevistos.
Ou seja, sem a orientação de um corretor de seguros a chance de sair no prejuízo, seja em pequenos valores ou grandes importâncias, é imensa.
Ajuda a otimizar o custo-benefício
Se contratar um seguro caro pode não ser a solução mais eficiente, optar pelo mais em conta pode ser insuficiente. É preciso expertise na escolha, pois importantes fatores podem passar despercebidos para os clientes leigos. A opção mais barata pode ser uma apólice com menor cobertura, deixando-o menos protegido, sem que isso esteja bem claro.
Tanto que é comum ouvir casos de pessoas que optaram por um plano de valor mais baixo e, quando se envolveram em um acidente e necessitaram da seguradora, acabaram tendo de desembolsar um valor de franquia muito alto. Às vezes, isso chega a inviabilizar o acionamento do seguro.
O corretor de seguros atua na redução dos riscos, os quais envolvem, diretamente, a relação de custo-benefício. Para analisá-la, três fatores devem ser considerados: o valor do bem segurado, o grau de risco a que ele está exposto e quanto o cliente quer de proteção.
Por meio de métricas, eles conseguem promover uma avaliação de risco eficiente, o que resulta em contratos muito melhores para os segurados.
Motoristas recém-habilitados, por exemplo, tendem a ser aconselhados a escolher franquias baixas, por estarem, em tese, mais propensos a se envolverem em acidentes.
Leva em consideração as particularidades
Quando se trata da complexidade de seguros de vida ou de seguros de saúde, contar com a consultoria de um profissional do setor é ainda mais importante. Afinal, vida e saúde podem ter perdas imensuráveis.
Como cada cliente tem suas particularidades, tudo é levado em conta pelo corretor de seguros. Assim, encontra-se a cobertura que se necessita, por um valor compatível com o orçamento disponível.
Durante a cotação de seguros, cliente e corretor conversam sobre o quê a cobertura dá direito e, também, o que exclui. As chamadas exclusões, aliás, são motivos frequentes de desentendimentos entre segurados e seguradoras.
Em seguros de automóveis, danos provocados por tumultos, vandalismo ou por culpa direta do segurado, como dirigir embriagado, são exemplos típicos de exclusões.
3. Corretor de seguros ou gerente de banco? Com quem negociar?
O corretor de seguros parte de uma pesquisa de mercado com diversas companhias para selecionar os melhores produtos para as necessidades dos seus clientes. Ao mesmo tempo, deve oferecer o melhor pós-venda para sinistros, assistências e orientações em geral.
Já o gerente de banco tem vínculo com os interesses da instituição que representa. Ele se dedica ao gerenciamento das contas dos correntistas e a uma série de atividades, inclusive liderar outros funcionários dentro da estrutura organizacional.
Sendo assim, não tem atenção exclusiva à corretagem e oferece produtos de seguradoras associadas ou subsidiárias ao banco, de maneira padronizada.
A especialização do corretor de seguros facilita na hora da resolução, inclusive, dos trâmites burocráticos. Ele assume todas as etapas referentes à documentação.
Ou seja, ainda que o cliente tenha de desembolsar um valor um pouco mais alto (entre 5% a 10% superior) ao contratar um corretor de seguros, para quem não tem tempo a perder, a escolha compensa.
Fora que, com o tempo, esse acréscimo pode ser compensado por meio de uma apólice mais barata e/ou por uma série de benefícios que teria escapado sem uma consultoria adequada.
Quem mais tem especialização?
Somente o corretor de seguros tem tempo, conhecimento e paciência, além de comprometimento ético, para discutir cada ponto da cobertura com o cliente.
O profissional também sabe dizer sobre a credibilidade das seguradoras no mercado, sobre os retornos dos clientes já segurados, entre outras importantes informações de bastidores.
Já o gerente de banco, muitas vezes, sofre pressão para realizar vendas. Os seguros entram como parte da contratação de serviços diversos pelos correntistas, compondo um roldão de produtos com os quais o banco atua, como capitalizações, consórcios, entre outros.
No banco, geralmente, há opções de uma única seguradora. Em uma corretora de seguros, por sua vez, há diversas opções de seguradoras — o que gera o benefício da comparação.
Assim, o gerente de banco tem um portfólio restrito, com produtos mais simples justamente por terem de ser padronizados para servir a um número maior de clientes.
Como não é um técnico no segmento, caso o correntista fique insatisfeito com o seguro contratado, cabe à instituição bancária responder — e não ao gerente. Isso também deve ser levado em consideração antes de contratar um seguro.
Quem oferece o melhor pós-venda?
É preciso superar a ideia antiga de que seguro é um tipo de serviço adquirido para não usar. Em um cenário, infelizmente, de problemas urbanos, retenção econômica e incertezas políticas, apenas pensando no futuro se garante a tranquilidade no presente.
Por isso, na hora de contratar um seguro, deve-se ter em mente a qualidade no pós-venda. O corretor auxilia na cotação de seguros e continua prestando toda a assessoria necessária posteriormente.
Mesmo com os diversos canais de comunicação on-line disponíveis, há momentos em que nada substitui a orientação pessoal, especialmente quando feita por um profissional qualificado e que conhece seu histórico.
Com o corretor de seguros, o pós-venda continua sendo personalizado. Ele se encontra disponível sempre que o segurado precisar, seja em caso de uma dúvida ou na eventualidade de uma ocorrência, como acidente, furto, roubo, entre outras.
4. Como escolher o corretor de seguros ideal?
Eleger alguém com a missão de entender suas necessidades e objetivos, considerando, ainda, suas possibilidades orçamentárias, não é fácil.
No entanto, contratar um bom corretor de seguros facilita a vida em tantos aspectos que vale a pena se dedicar a encontrar o profissional ideal.
A primeira sugestão sobre como escolher um corretor é pedir indicações de bons profissionais que prestaram serviço para amigos e familiares.
Também vale a pena fazer uma pesquisa na internet — mas procure apenas por profissionais com habilitação da Susep e filiados à Fenacor.
Veja também se os corretores lidam com várias companhias de seguro e vários produtos, o que aumenta seu leque de escolhas e reduz os custos finais.
Você mesmo pode fazer uma pesquisa e conferir se são habilitados, selecionam os produtos das melhores seguradoras e tem experiência técnica para atender suas necessidades, pessoais e profissionais.
Para escolher o corretor de seguros ideal, considere todos esses aspectos e selecione o que ofereça o melhor custo-benefício, avaliando os serviços que estarão a sua disposição, após a compra.
Conclusão
Em tempos de índices preocupantes de problemas públicos, em que nem condomínios fechados escapam da ousadia dos meliantes, não dá para contar apenas com a sorte ou viver à mercê do acaso.
A boa notícia é que o mercado brasileiro de seguros é bem competitivo. Graças a isso, produtos, valores e condições oferecidas variam consideravelmente.
Partindo do respeito pelo código de ética da categoria e valendo-se da sua independência profissional, o corretor de seguros se presta a pesquisar as melhores opções e indicar o produto mais adequado para o seu cliente.
Além de poupar-lhe o tempo e a energia que seriam gastos nessa procura, ainda mantém um relacionamento ativo após a contratação. Um diferencial e tanto!
Afinal, ninguém duvida que contar com um profissional de perfil técnico e, ao mesmo tempo, com comprometimento e sensibilidade para dar suporte em momentos complicados, é importante. Porém, apenas na hora do aperto é que se tem certeza do quanto vale a pena optar pela qualidade dos serviços de um corretor de seguros.
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