Manter as finanças no azul é essencial para ter uma vida tranquila e, para isso, não tem jeito: é preciso gastar menos do que ganha e, ainda, alimentar uma reserva para cobrir possíveis eventualidades. Afinal, sem controle e comprometimento o mês não fecha.
Para evitar dores de cabeça e conseguir realizar sonhos — acabando com a pressão de trabalhar apenas para pagar contas — nada melhor do que elaborar um planejamento financeiro para família. Neste post, entenda por que, poupando juntos, todos têm a ganhar.
Como fazer planejamento financeiro para família?
As medidas rumo à saúde financeira só surtem efeito se todos os envolvidos tomarem consciência da sua responsabilidade ao longo desse processo, o que se dá por meio de uma reeducação financeira gradativa.
Como tempo é dinheiro, pare de postergar e confira 8 passos para começar a organizar as finanças familiares imediatamente. Coloque-os em prática, confie e confira: todo o esforço será recompensado!
1. Envolva toda a família e estimule o comprometimento
Para falar sobre planejamento financeiro, aborde o tema de maneira positiva, apresentando-o como a saída para os problemas com dinheiro — os quais estressam a todos.
Em vez de proibir gastos sem dar explicações, compare as vantagens da satisfação gerada pela realização de sonhos grandiosos frente ao prazer momentâneo sentido em compras por impulso.
2. Estipule os objetivos em comum e liste as prioridades
Para engajar a família, definam juntos quais são os objetivos unânimes, ou seja, aqueles que interessam a todos. Pode ser uma viagem incrível, a reforma da casa, o investimento em estudos, entre outros.
É importante que esses projetos estejam claros e se dividam em metas a curto, médio e longo prazos, o que ajuda a resistir às tentações do dia a dia, atuando como mecanismos de recompensa periódicos.
3. Anote ganhos e gastos e análise a situação financeira
Com os objetivos definidos e todos os moradores cientes da importância de se manterem comprometidos, investigue a real situação financeira da família. Para começar, levante as fontes de receitas e despesas.
Liste os ganhos (salários, aposentadorias etc.), os gastos permanentes (mensalidades, prestações e contas da casa) e os variáveis (lazer, vestuário etc.). Existem planilhas, bem como sites e aplicativos, que ajudam na tarefa.
4. Defina o orçamento de acordo com suas possibilidades
Para calcular o orçamento doméstico, some todas as rendas. Depois, considere até a metade do total para o pagamento de contas permanentes e até 35% para cobrir as despesas variáveis.
Os 15% restantes vão para o fundo de emergência, o qual deve somar de quatro a oito vezes a renda mensal familiar e ter liquidez imediata, ou seja, estar disponível para eventualidades.
Assim, em caso de gastos imprevistos, não é preciso recorrer a empréstimos em financeiras (com juros elevados), liquidar patrimônios ou pedir ajuda a terceiros.
Após constituir o fundo de emergência, pode-se dar início à reserva para os objetivos a longo prazo, por meio de aportes mensais. Segundo o Sebrae, o ideal é guardar, pelo menos, 10% do que se ganha para o futuro.
5. Se tiver dívidas, tente renegociá-las com o(s) credor(es)
Vale a pena verificar se é possível renegociar a(s) dívida(s) com o(s) credor(es). Propostas de pagamentos à vista podem gerar um bom desconto. Mas antes de fazer uma proposta, certifique-se de que tem capacidade de honrar o novo compromisso.
Atente para o orçamento doméstico e opte por uma solução que caiba no bolso. O mais importante é ser realista e manter o equilíbrio financeiro.
Quem tem um empréstimo consignado pode tirar proveito da portabilidade do crédito e levar o saldo devedor a outros bancos, para prospectar uma taxa de juros menor. Se encontrar vantagem, pode-se mudar.
6. Corte gastos, principalmente com itens supérfluos
Avalie os produtos que podem ser cortados ou substituídos por similares mais baratos. Lembre-se de que os serviços podem ser renegociados e os hábitos, como comer fora todos os dias, podem ser reduzidos.
Estabeleça, ainda, medidas de economia nas atividades do dia a dia, como uso racional da água e da luz; fim do desperdício de alimentos; compartilhamento de caronas etc.
Ao mesmo tempo, contar com um seguro que atenda às necessidades da família ajuda a superar, da melhor maneira possível, imprevistos. Trata-se de uma atitude preventiva contra o que está fora do nosso controle.
7. Considere novas maneiras de criar fontes de rendas
A semente do empreendedorismo, muitas vezes, surge em atividades paralelas, iniciadas para complementar o orçamento doméstico. Não raro, dependendo da aceitação do público, elas podem se tornar a principal fonte de renda da família.
Já para quem não tem interesse em se lançar em uma nova área, é possível traçar estratégias para crescer dentro da empresa na qual se encontra ou buscar a recolocação em um novo emprego, que ofereça salário e/ou benefícios melhores.
8. Aprenda a investir seu dinheiro e gerar rendas passivas
Diferentemente da renda ativa, na qual o trabalho é trocado pelo dinheiro, na renda passiva são os juros, gerados pelas aplicações financeiras, que proporcionam os ganhos (acima da inflação).
Tenha em mente que, quanto mais tempo aplicado, maior o valor obtido e menor o imposto descontado.
A partir de R$ 30 já é possível investir no Tesouro Direto, na modalidade Tesouro IPCA+. Na hora de comprar, opte por uma corretora que não cobre taxas de corretagem.
Como aproveitar descontos e vantagens sem se deixar seduzir?
Em relação aos alimentos e itens de limpeza, aprenda a pesquisar antes de definir o local de compra (que pode ser mais de um, caso as diferenças de preços compensem o deslocamento). Faça uma lista e reponha apenas os itens que estão faltando.
Bens de consumo não duráveis, incluindo itens de vestuário, devem ser pagos à vista. Crie o hábito de pedir descontos. Os comerciantes, geralmente, oferecem preços melhores para quem opta por essa via.
Se adquirir bens que precisam ser parcelados, procure as menores taxas de juros. Evite usar o cartão de crédito, reservando-o para casos especiais, como a compra de uma passagem de avião, e aproveite os programas de vantagens.
Como saber se o planejamento financeiro está funcionando?
É preciso revisá-lo periodicamente, pois as condições de vida e objetivos mudam. O ideal é fazer uma análise do desempenho mensal e, se notar alguma incoerência, repensar as estratégias.
Para estipular um valor liberado para gastar no mês, é necessário ver quanto do orçamento não está comprometido com as contas (cujo atraso provoca prejuízos decorrentes de multas e juros) nem com os aportes da reserva para imprevistos.
Se ainda não estiver sobrando nada, faça apenas gastos necessários. O importante é criar um plano de ação, especificando o que cada um deve fazer para alcançar determinados objetivos, e se manterem firmes.
Como visto, o planejamento financeiro para família ajuda a manter os pés no chão e evita situações de aperto e endividamentos. Graças a um controle eficiente e comprometimento, pode-se ter uma vida confortável, realizar sonhos e construir um futuro melhor para todos os envolvidos. Se você conhece outras pessoas que podem achar este conteúdo útil, compartilhe o post em suas redes sociais!